09 fevereiro, 2009

"Landed in a very common crisis"

Uma enorme crise tem sido propagandeada pela mídia nos últimos meses. Uma crise que, supostamente, muito tem influenciado o mercado – inclusive o mundo da moda. Não sou nenhuma especialista em economia, mas, pelo que tenho lido, todo este terremoto ainda não assolou as grandes empresas tupiniquins; soa mais como uma tentativa de demarcar um período ruim e uma justificativa para depositar enormes esperanças no Grande Messias: “Yes, we can!”, repetimos febrilmente.

Gostaria de pensar na escolha por tecidos mais simples vista nos desfiles brasileiros do mês passado como um esforço de democratização da moda, de expansão do seu território tão fortemente delineado (fronteiras estas que cercam uma elite consumidora representada por aproximadamente 1% da população do país). Os maiores fashion-comentaristas incorporaram absolutamente essa idéia de crise e falaram sobre as pobres escolhas subseqüentes. Tornar acessível à grande massa algo que supostamente diz respeito apenas às mais altas castas é ainda mera utopia. No entanto, se as malditas peruas não compram, não seria esta simplificação de malhas, tecidos, cores e detalhes uma mirabolante empreitada marqueteira para atrair mais consumidores sem perder a Classe? Continuo pensando...

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